sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Dispenso estas eleicoes

Dispenso estas eleições.
Não me revejo neste sistema semipresidencialista.
Ter um representante que pouco tem de autoridade?
Uma não autoridade que goza de regalias e de protagonismos abusivos e humorísticos?
Nem me alongo mais.
Ainda bem que está a terminar, até porque esta campanha foi apenas mais do mesmo. Um folhetim à portuguesa, irresponsável e puramente demagógica.
Parece que temos mesmo o que merecemos. Em tudo, até na falência absoluta do pensamento. Enfim, é assim que vai a pobreza à beira mar plantada.
Somos um país sem abrigo de uma consciência livre e responsável. Somos um país à deriva no oceano dos coelctivismos, dos coorporativismos e dos populismos.
Assim não vamos lá. E pelo que tantos cidadãos comuns tem passado, até merecíamos conseguir outros rumos. Mas enquanto tivermos esta espécie de sistema político, subversivo e inconsequente, não chegamos lá. É tudo uma retórica baseada numa constituição repleta de falácias e de prisões.
A começar pela (i)responsabilidade...semipresidencialista.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

2015




E o calendário vai dar mais uma volta. Mais uma passagem no numero que rege os nossos destinos. Assim quis o Homem e assim continua a ser. Por mais que se desvalorize o tempo, e eu bem tento, ele não deixa de estar lá... mas claro, como tudo, vale o que vale.
Mas desta vez não resisti a partilhar algumas escolhas do ano, para mim:

Figura do Ano: Vladimir Putin – neste momento a Rússia começa a mudar o panorama mundial, temos um novo “policia” do mundo. Deixou de ser os EUA, com os falhanços de Obama, e quer se goste ou não ( eu não gosto da ideia), mas Putin está a controlar mais do que podemos imaginar.

Acontecimento do Ano: Os Refugiados. Sempre disse que os próximos conflitos serão o choque de civilizações, e por tudo o que envolve os refugiados, eles são já hoje, o resultado de esse choque. Esperemos que, para o bem de todos, as civilizações possam viver com as suas feridas.

Surpresa do Ano: Iker Casillas no FCPorto.

Estúpido do Ano: Donald Trump. Vamos ver até onde vai essa estupidez.

Palhaço do Ano: Nicolas Maduro. Mas cuidado, existem palhaços perigosos.

Derrotado do Ano: António Costa. Sejamos sinceros, alguém que tinha tudo para ser PM logo nas urnas, e depois perde e bem... nem comento o resto.

Povo do Ano: Argentino. As eleições trouxeram um Liberal para a ribalta, demonstrando ao mundo que afinal a falacia da vitimização barata não põe o pão na mesa.

Parvoíce do Ano: que a ignorância dos Brasileiros é da responsabilidade dos portugueses, por Lula da Silva.

Inimigo do Ano: Estado Islâmico. Cuidado, eles existem.

Falhanço do Ano: Julen Lopetegui. Para mal dos meus pecados...

Doença do Ano: O Politicamente Correcto. Já anda a fazer estragos há tempo demais.

Promessa do Ano: Devolução da Sobretaxa.

Irritação do Ano: Novo Governo. Preciso de comentar?

Fraude do Ano: Achar que em Portugal existe Direita, liberalismo. Não existe, ponto. Duvidas?

Entrevista do Ano: José Sócrates à TVI... enfim, penso que quando temos alguém indiciado num processo com a dimensão da Operação Marquês a dar entrevistas da forma condicionada como deu, está tudo dito...

Agora noticias boas:

Filme do Ano: Mad Max. Uma opera cinematográfica incrível. Claro que acrescento Star Wars, mas para mim este é o Filme.

Livro do Ano: “Purity” de Jonathan Franzen

Álbum do Ano: “Vulnicura” de Bjork, e em islandês...

Artista do Ano: Tom Hardy... uma estrela em ascensão...

Banda do Ano: Muse, são uma afirmação.

Concerto do Ano: Muse no Nós Alive.

Festival do Ano: Paredes de Coura. Sem duvida é obrigatório conhecer.



Bem e já não me recordo mais nada sobre o quê do Ano...por isso, vemo-nos no virar do calendário...





quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Direitos (Responsabilidade) Humanos.

Hoje, ao celebrar-se o dia Internacional dos Direitos Humanos, veio-me à memória um trecho lindíssimo do poema de António Gedeão, “Poema de um Homem Só”,
Nesta envolvente solidão compacta,
quer se grite ou não se grite,
nenhum dar-se de outro se refracta,
nenhum ser nós se transmite.

Quem sente o meu sentimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem sofre o meu sofrimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem estremece este meu estremecimento
sou eu só, e mais ninguém.”

Somos seres solitários, caminhantes cada vez mais distantes dos valores enraizados na História da Humanidade. Falta-nos o principio da defesa da existência global de toda a Vida. E esta não se resume à simples fracção humana. Vai muito além dela. Refiro-me a toda a vida que habita neste planeta e para lá das suas fronteiras. E quando não se respeita essa magnitude existencial, perde-se o respeito próprio.
Mas esse mesmo valor, no campo da humanidade está degradado pela ausência de uma consciência individual. Vivemos sociedades inundadas do pensamento colectivo, de um não pensamento. Uma criança quando vislumbra os primeiros raios de luz, nem imagina ao que vem. Pois vem a uma série de padrões tão estabelecidos, que difícil é conseguir trilhar um caminho próprio sem sair magoada. E isto é o afundar do barco. Ele embateu num enorme iceberg de nome “pensamento colectivo”, rompendo todo o casco, e agora é inundado pelo oceano do politicamente correcto, esvaziando qualquer possibilidade de pensamento próprio e respectiva consciência.
Hoje o que se lê vira uma ordem mundial, em vez de ser o principio de uma discussão filosófica. O que se vê vira visão mundial, em vez de ser o principio da reflexão humana. O que se partilha vira uma identidade mundial, em vez de ser o principio da pergunta social. Perdeu-se o glamour de viver. Perdeu-se a noção consciente de se saber viver.
A globalização deveria ser um motor de introspecção, para se conseguir encontrar novas vias de confluência existencial, quer animal, quer vegetal. E não uma forte vontade de predominância e ditadura humana.
Exemplo disto mesmo é a visão do Direito. “Direitos Adquiridos”. Um dia escrevi que antes do direito existe o dever. O dever que temos para com a Vida, de sabermos fazer tudo para retribuirmos a ela, a magia que ela nos colocou em mãos. E só depois vem o direito. À Liberdade, à felicidade, etc, etc. Mas pior do que perder a noção desta realidade, é achar que Direitos são uma propriedade. Ficamos proprietários dos Direitos adquiridos, dos Direitos dos Outros. Não. O Direito, assim como o Dever ( leia-se também obrigações), são única e exclusivamente, Responsabilidades. Temos a responsabilidade de vivermos condignamente, e proporcionarmos essa mesma possibilidade a todos os que nos rodeiam, sejam outros animais, plantas, meio ambiente. Temos a responsabilidade de saber e perceber a partilha e a vivencia da liberdade que conquistamos. E não pensarmos que ser livres é ser-se proprietário de um pensamento, de uma forma de vida, de uma escolha. Não. É ser responsável pelas escolhas, pelos pensamentos, pelos caminhos. Eu sou responsável pelo que escrevo e não escrevo porque penso ser proprietário de uma liberdade de pensamento.
Somos meras ilusões de propriedade. E logo não somos livres. Este apego à matéria, quer seja ela visível ou mesmo a invisível ( pensamento, ideologia, consciência), está a conduzir-nos a uma esquizofrenia desenfreada. Estamos cada vez mais solitários, enquanto procuramos ser mais sociáveis. Estamos a ser mais preconceituosos, enquanto procuramos ser mais tolerantes. Estamos a ser mais controlados, enquanto procuramos ser mais autónomos. Estamos a ser mais dependentes, enquanto procuramos ser mais emancipados. Estamos a ser mais infelizes, enquanto procuramos ser mais felizes. Estamos a ser mais irracionais, enquanto procuramos ser mais racionais. Estamos a ser mais extremistas, enquanto procuramos ser mais moderados. Estamos a ser mais saudosistas, enquanto procuramos ser mais progressistas. Estamos a ser mais robots, enquanto procurarmos controlar o pensamento do outro. Somos cada vez mais condicionáveis em vez de sermos mais incondicionais. Temos cada vez mais apego, quando devíamos estar cada vez mais desapegados.
Deixamos de ser. Somos, cada vez mais, uma mera construção do pensamento colectivo. Pensar custa. Pensar faz mal. Pensar desgasta. Pensar dá muito trabalho. Pensar mata.  Pois, enquanto todos caminharem para a mesma margem da ponte, ela vai-se degradando e será qua aguentará com o desequilíbrio?
Não é pessimismo o que aqui escrevo. É a realidade. E só a nega quem anda mesmo cego com essa maldição do mundo actual, o pensamento colectivo. Alguém é proprietário do teu pensamento, das tuas opiniões, dos teus actos, das tuas decisões. Alguém é teu proprietário.
Eu não propriedade de ninguém. Eu sou filho mas não propriedade dos meus pais. Eu sou pai mas não proprietário dos meus filhos. Eu tenho deveres para com eles, mas também tenho direitos perante eles. Ou seja, eu tenho responsabilidades para com eles e eles tem responsabilidades para comigo. E é o respeito por este principio que vem o respeito individual por cada um e por mim próprio.
Na carta dos Direitos Humanos, tem um artigo que diz “Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal." Eu tomo a liberdade de reescrever, sem plágios ou outros ultrajes, a minha leitura do mesmo artigo,
“Todo o individuo tem a responsabilidade para com a vida, para com a liberdade e para com a segurança pessoal.” Só falta mesmo existirem os meios, as ferramentas e acima de tudo a vontade humana e individual de que isso aconteça.
E termino com uma máxima que me orienta há muito,
Se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia. Se o ensinares a pescar, vais alimentá-lo toda a vida.”

Lao-Tsé

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Resposta em devida altura

Meu caro Gustavo. Antes de tudo, saúdo a tua participação num dos meus posts. Colocaste algumas questões que devo achar serem pertinentes. É que é sempre bom ver chegar um amigo, que após centenas de posts meus e consegui, finalmente, despertar-lhe o seu interesse num deles. E saúdo as tuas palavra,  sempre gostei de salutar a pluralidade de opiniões. Pois começando pela primeira questão... isto quase parece uma interpelação ao governo e eu tenho agora de responder... por isso vou-lhe chamar o governo do Carlos Almeida, com uma orientação Libertária e Liberal. Sem partidos no actual espectro político/ partidário em Portugal. Assim sempre poderei sonhar com meras utopias.
Assim primeiro ponto. Concordo contigo numa questão. Que a discussão partidária neste país passa muito por clubites. Mas isso é a falta de consciência que ainda muito reina neste país. Mas falas dos mass media que inundam de espuma as pessoas, mas tem sido esses mass media que tem dado demasiado protagonismo à tal esquerda que agora vai governar. Aliás ai o Bloco é perito, assim como o PCP e todos os sindicatos. Tudo de esquerda. Então, ai o governo que sai até foi dos mais fustigados, que eu tenha memoria. E ainda ganhou as eleições...mas deve ser qualquer coisa de sado-masoquismo portugês...
Segundo ponto. O acordo na Autoeuropa. Pois, de facto, o líder da CT é um membro do Bloco de Esquerda...mas alguns pontos importantes, a ter em conta aqui:
1.     Ele é apenas a voz de um grupo de trabalho, e se tu defendes que os partidos são como uma ideia de clubites, então, ele é apenas mais um entre muitos, que podem diferir nos ideais partidários. Apenas todos defendem um interesse comum.
2.     Destaco algumas ideias acordadas, e completamente diferentes do que são as ideologias maoístas e revolucionárias defendidas pelo Bloco. Assim foi acordado o aumento em ordenados e prémios, mas segundo objectivos bem definidos através de aumento produtivo, e que trazem a um aumento reflectido dos lucros da empresa. Logo, mais produção, mais dinheiro que os trabalhadores recebem. E recordo até uma opinião sobre este acordo, “ Chama-se gestão alemã, produto alemão, exportação alemã, menos financeira na gestão das empresas. Temos muito a aprender com a Alemanha.” Mas mais. À pergunta se Portugal fosse uma Autoeuropa, “ Para que isso acontecesse, seria preciso um Estado rigoroso ( capaz de fixar metas e uma estratégia para as atingir), uma função pública zelosa( capaz de reagir a incentivos com produtividade) e sindicatos cooperantes ( que trocassem as ameaças crónicas por parcerias com gestores e colaboradores para garantir que direitos e deveres convivem no mesmo plano de trabalho). A economia portuguesa, que viveria muito pior sem a Autoeuropa, faria melhor se aprendesse a funcionar como ela.” Claro que este acordo e estas ideias são Capitalistas, como deves concordar. E mais, não era o Bloco que sempre criticou a Alemanha e a sua forma de pensar?
3.     Agora o Bloco. Sabes o que esta ideologia defende, ou não sabes? Recordo-te passagens do seu manuscrito, “ O Bloco renova a herança do socialismo (...) A política emancipatória contrapõe-se à realidade da exploração e opressão, e propõe assim uma ruptura com a civilização capitalista.” E já nem vou adiantar muito sobre o facto de serem contra a iniciativa privada...então se foi porque o coordenador da CT da Autoeuropa é do Bloco, será que foi por isso que conseguiram o acordo, ou porque quando este foi colocado perante a verdadeira realidade, a vida em concreto, quando tem de abandonar o sentido revolucionário e pensar na sua família, no seu conforto e bem estar, desvia-se daquela ideia utópica de amor e uma cabana? Assim é a esquerda caviar, não é? Quando é para criticar é fácil, mas agora quando lhe toca a eles, foge que não são os maoismos, nem outras ideias que pagam os compromissos... e recordo-te que o que falei da Autoeuropa foi sobre os ideais anti-capitalista que defende o Bloco. O mesmo que continua a ser contra o Capitalismo que o alimenta. Afinal quem fala mal de quem lhe dá de comer...
O outro ponto que gostava de comentar.
Começo com um gráfico da evolução da divida portuguesa até ao fim da era Socrates, ou seja, antes da Troika. Nota que está mencionado a era deste Governo...


Mas mais uns dados, que não podem ser escamoteados,





E deixo palavras de um economista…alguém da area, para que não haja interpretações de e user monopolista de opinião…
“Para começar a desfazer a mistificação, convém começar por assentar em factos simples, insusceptíveis de controvérsia. Ao contrário do que sugere recorrentemente a propaganda socialista, durante os seus dois últimos governos a dívida pública aumentou mais do dobro do que aumentou depois do resgate e no quadro do ajustamento; a dívida pública estava numa trajetória de explosão quando o ajustamento começou, e o ajustamento estancou essa explosão e inverteu – já inverteu – o sentido daquela trajetória: a dívida está a baixar, e não descontrolada, como estava antes do ajustamento. O gráfico sintetiza esses dados elementares.


Fonte: Banco de Portugal.


Mas mais dados, agora da Divida actual, oficiais, ou seja, que todos podem consultar,
(os valores são a soma dos 12 meses terminados em cada um dos meses referidos)
Dos dados que tenho:

    JUN/2011 : saldo -12.520M€ ;
    SET/2015 : saldo -6.157M€ .
Neste período, variação da
    receita : +5.611M€ ;
    despesa : -752M€ .
Ou seja, 88% da consolidação foi feita pelo lado da receita (+ impostos) e 12% pelo lado da despesa (nomeadamente, despesas de capital que são reflexo do investimento.
Apertando um pouco o ângulo de visão:
    JUN/2011 : saldo primário - 3.067M€ ;
    SET/2015 : saldo primário + 342M€ .
Neste período, variação da
    receita fiscal : +5.002M€ ;
    despesa primária : +2.909M€ .
Ou seja, a despesa primária aumentou, eu diria bastante, mas a receita fiscal compensou esse aumento.
O teu dinheiro, assim com o meu, foram para pagar uma divida descomunal de uma desgovernação Socialista. Ponto. Fomos ao fundo. Ponto. Quando tens uma divida enorme, claro que tens de abdicar de muita coisa, para desviares para essa divida. Ponto. Mas eu aponto um erro gravoso deste governo que sai...a Reforma e o emagrecimento do Estado. Ponto. Num país onde a principal fonte de despesas é os elevados custos que temos do Estado, devia ter feito essa Reforma profunda. Basta de viver num país só de direitos e sem deveres. Mas será algo que vai ser completamente esquecido pelo futuro Governo, aliás, irá certamente aumentar o peso do Estado...mas isso lá chegaremos.
Mas incluo apenas mais dois pontos, importantes para os teus dados,
SNS?
Primeiro o numero de portugueses isentos do pagamento de taxas moderadoras aumentou nos últimos 4 anos; as estatísticas oficiais apontam para mais de 6 milhões de utentes isentos por razões de insuficiência económica, que acresce ainda mais de 900 mil doentes crónicos. Num trabalho independente, cito “ Avaliação do impacto de politicas de saúde”, as únicas razões apontadas à precariedade do acesso ao SNS, e unicamente baseada na opinião dos utentes, é o preço de alguns medicamentos que por insuficiência económica, não podem ser comprados. E este estudo adianta que “ no campo de acesso a cuidados de saúde, as barreiras de acesso ao SNS, avaliadas pela utilização e necessidade de utilização das populações, não são significativas para a generalidade da população e, ao contrario do que frequentemente se assume com base em situações episódicas, não aumentaram durante o período de crise económica.”
Quanto à educação?
Cito um artigo de José Manuel Fernandes, “boa parte dos contratos de associação mais discutíveis foram decididos por governos socialistas. Depois, porque nos últimos quatro anos do Governo de Sócrates se gastaram 900 milhões de euros com esses contratos, e nestes quatro anos esse gasto caiu para 600 milhões – e repare-se que é um “gasto” que representa uma poupança, pois o que o Estado paga por aluno nos contratos de associação é menos do que gasta por aluno na rede estatal. Por fim, bastaria consultar de novo os dados oficiais e publicados para verificar que, se alguma coisa aconteceu durante a última legislatura, foi a diminuição do número de escolas com contratos de associação: eram 105 em 2009/2010, foram 84 em 2013/2014. Ou seja, um quinto das escolas perdeu esse estatuto.”
Estado Social?
Bem, o próximo quadro mostra bem o que foi gasto nesta parte,

E é isto.
Não procuro desculpar ninguém. Não tenho de o fazer. Mas há uma coisa que não me cala, a desonestidade intelectual. Não sou contra pelo contra. Não sou catequista nem pretendo catequisar ninguém. Apenas gosto de saber o que digo. O que é a realidade. Não gostei de muito do que este governo fez. Não gostei de ver diminuído o meu rendimento. Mas fazer sacrifícios para nada, desculpa, mas não obrigado. E estes sacrifícios serão mesmo deitados ao lixo.. e espero tanto estar enganado, até tenho a frontalidade de admitir isto. A verdade é que alguém que nos levou ao fundo, onde estava incluído este senhor Costa, nunca foi responsabilizado por tal.
Algo que a tal esquerda, o tal manifesto anti-direita e perfeitamente esquizofrénico quanto aos ideais anti-direita, não conseguem fazer. O respeito é um dos princípios fundamentais da liberdade, algo que a prática esquerdista não tem…afinal “ a direita dá-se mal com a democracia” Carlos César…
E disto até já me repugna, continuarem a chamar de neo-liberais um governo que viu muito no aumento de impostos a sua única receita. Pois bem, aqui vai:
“O neoliberalismo defende a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, a política de privatização de empresas estatais, a livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, a abertura da economia para a entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra o protecionismo econômico, a diminuição dos impostos e tributos excessivos.”
No fundo, este país parece muitas vezes, uma cena de bordel, onde durante uma acção de confiscação, todos dizem estar ali de forma legal e perfeitamente altruísta, até que chegam ao pé da única pessoa que consegue admitir porque ali está, mas ainda destaca que até parece que a única p*** é ele...
Até já Gustavo ....caro amigo, porreiro pá.








sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Políticamente Correcto

Definição de Politicamente Correcto. Vladimir Volkoff, doutorado em Filosofia e parente de Tchaikovsky, é um dos escritores melhor posicionados a explicar o conceito que conhecemos como “politicamente correto”, tema de seu último livro publicado pela Editions du Rocher: “La désinformation par l’image”.
Segundo Vladimir Volkoff – "O politicamente correto tal como o conhecemos hoje, representa a entropia do pensamento político. Como tal, é impossível defini-lo, pois carece de um verdadeiro conteúdo. O seu fundamento básico é aquele do “vale tudo”. Nele encontramos restos de um cristianismo degradado, de um socialismo reivindicativo, de um economicismo marxista e de um freudismo em permanente rebelião contra a moral do ego. Se compararmos a demolição do comunismo com uma explosão atômica, diríamos que o politicamente correto constitui a núvem radioativa que acompanha a hecatombe."
Gostava desde já pegar no "vale tudo", para dizer que o governo que acaba de tomar posse é o governo do Políticamente correcto. Desde logo os acordos. Três acordos e não um a bem do país. Logo, três diferentes maneiras de governar o país. Depois as escolhas dos ministros e outros membros. O mais importante, até para toda a panóplia de militantes do PC( leia-se Politicamente Correcto), é termos pessoas no governo que se diferenciam pela cor, ou pela etnia ou mesmo pela invisualidade. Ainda se chega à contabilidade de paridade e outros afins. Do profissionalismo, das capacidades individuais e respectivas qualidades de cada um dos membros não vale a pena falar. Isso são outros rosários. O que interessa é mostrar a tal "diferença" que uma suposta ideia de um país livre pode mostrar, sem preconceitos ou xenofobias. Pois bem, a mera discussão sobre estas diferenças é o alimentar de todo o preconceito e xenofobia. Que me interessa se uma mulher vê ou não? Ela é capaz? Óptimo, ponto final, o resto são restos do PC. Faço uma nota que de facto também é necessário destacar estes elementos, para desviar as atenções da presença governaria de pessoas que são verdadeiros sobreviventes no Job for the Boys...Augusto Santos Silva? Eduardo Cabrita?... Por favor. Estes sim e outros mais, devem ser discutidos. Assim como os casais de ministros, os pais e filhos, os jogos de interesses... Mas noto ainda mais um dado. As escolhas das diferenças são meros jogos do PC no seu melhor, de forma não a mostrar uma diferença, mas a decapitar desde logo qualquer tipo de incursão à crítica a estes membros, pois serão sempre vistos como posições xenófobas e preconceituosas.
Mas continuando no PC, Vladimir Volkoff refere ainda que - "O politicamente correto consiste na observação da sociedade e da história em termos maniqueístas. O politicamente correto representa o bem e o politicamente incorreto representa o mal. O sumo bem consiste em buscar as opções e a tolerância nos demais, a menos que as opções do outro não sejam politicamente incorretas; o sumo mal encontra-se nos dados que precederiam à opção, quer sejam estes de caráter étnico, histórico, social, moral ou mesmo sexual, e inclusive nos avatares humanos. O politicamente correto não atende à igualdade de oportunidade alguma no ponto de partida, mas ao igualitarismo nos resultados no ponto de chegada."
Termino só com mais uma ideia. Ainda hoje o se. Costa passeou-se em carro eléctrico, um bem altamente caro para o país, mas que fica bem, pois é defensor da ideia de defesa do meio ambiente. Mais ainda, no seu programa de governo resolveu agradar aos poucos eleitores do PAN e incluiu partes do programa deste. Ainda vou ver o sr. Costa a beijar um cãozinho de manhã e a assistir uma tourada à tarde. Ou mesmo a fazer campanha pelo veganismo ao pequeno almoço e a jantar um belo bife de vaca. E poderia continuar. Afinal temos o melhor dos PM, o verdadeiro do PC...vale tudo para agradar a Gregos  e a Troianos.